segunda-feira, outubro 30, 2006

"Fraudes na blogosfera nacional lançam polémica" (?!), in Diário Económico

Clique na imagem para ler o texto ampliado
Este texto, sob o título "Blogues protegidos com Direito de Autor", foi publicado no jornal Diário Económico (DE), na passada sexta-feira, 27 de Outubro de 2006. Mas... então os conteúdos devem ser registados na Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e/ou na Inspecção-Geral das Actividades Culturais, ou, como diz Manuel Lopes Rocha - e cito o artigo do DE -, "os conteúdos de um blogue, desde que originais, são protegidos pelo Direito de Autor, constituem uma obra literária como outra qualquer, não precisam de registo algum"? Fiquei sem conseguir tirar qualquer conclusão a respeito disto. Aliás, senti-me confuso, quando pensava que compreendia o funcionamento da coisa autoral.
Quanto à pequena parcela de texto que refere o Caderno de Corda, a sensação que esta provoca é a de que a RTP foi "molestada" (ma non troppo) por uma acusação do autor do blogue, que reparou que meros "excertos de um texto" haviam sido publicados como "sinopse do programa [?!] 'Loose Change'" (é documentário, ok?). Mas publicados onde? Na TV Guia?! Depois, parece que o autor "resolveu escrever uma carta" ao Provedor, a "estação de TV retirou a dita" e "pediu desculpas"... E depois? Diz que viveram felizes para sempre?
O texto prossegue, afastando-se cada vez mais do tema central, mencionando o caso recente da criação do blogue Freedom To Copy, no qual se procura demonstrar que Miguel Sousa Tavares terá plagiado o livro "Freedom at Midnight", de Dominique Lapierre e Larry Collins, entre outras acusações, nomeadamente a mimetização da estrutura narrativa do best seller "Equador". O que não se refere é que, entretanto, o Freedom To Copy foi totalmente revestido de nova apresentação e conteúdo, desta feita favoráveis ao autor e à obra "Equador", como se de uma página promocional se tratasse. Não deixa de ser paradoxal que, quando, em rodapé, alguém escreveu "este blog não tem qualquer ligação ao autor ou à editora desta obra", tenha na mesma nota, a terminar, escrito: "o conteúdo deste espaço é da exclusiva responsabilidade dos seus autores, devidamente referidos como 'fonte'", ou seja, a Oficina do Livro, editora de "Equador". Nisto, quase em simultâneo, novo blogue é criado sob o nome Freedom To Copy Freedom To Copy (em dobro). Aqui, alega-se: "O Freedom foi hackado". Já é revienga a mais, convenhamos...
A rematar de trivela, surge o esbatido caso em que também Eduardo Prado Coelho (EPC) se viu envolvido, acusado de adaptar o texto de um autor da praça brasileira.
Resumindo, nenhum dos casos apresentados revela o mais ínfimo vestígio de fraude na blogosfera. Se a houve - e grave - foi originada em meios de comunicação social e literários, morra a culpa solteira ou não. Mesmo admitindo que o autor de Freedom To Copy seja mal intencionado - assim como quem divulgou a informação adversa a EPC -, não se justifica a categorização da blogosfera como impune antro da maledicência, da calúnia e da cobardia. O que esta tem de potencialmente mau, tem-no de bom a triplicar. E quem não deseja a difusão da democratização comunicativa deve mudar de profissão, se acaso for jornalista...
Quanto ao texto do DE, nota negativa.

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sexta-feira, outubro 27, 2006

Screenshots do filme "Sex Madness", de 1938. Leiam AQUI e vejam AQUI, se tiverem pachorra... e 52 minutos livres entediantes...

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quinta-feira, outubro 26, 2006

Poemetos da Impunidade n.º 3

Diziam que sabiam quem era
a mulher da ex-mulher do Joaquim,
solitária, bebendo de pé o café da manhã.
“O corno não lhe chegava, pudera!...”
E ela pensava, para consigo: “Eu sou dentro de mim”.
Estava aviada a sentença; trincada a maçã.
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"A impunidade é segura quando a cumplicidade é geral."
(Marquês de Maricá)

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quarta-feira, outubro 25, 2006

Obrigado! - It ain't over 'till the fat lady sings...


Serve este post para prestar o singelo agradecimento aos autores dos blogues – e, claro, às dezenas de estimados leitores não bloggers - que, tanto quanto sei, se solidarizaram, subscreveram e/ou divulgaram a iniciativa Plagius Maximus. Outros haverá, que porventura desconheço, a quem dirijo a mesma gratidão.
Obrigado ao querido professor e ebuliente escritor Luís Carmelo, cujo expresso apoio e crítica, no Miniscente, foi de importância vital para a divulgação sustentada do caso; a JPG, do Apdeites, a quem prestei post não apenas pelo tratamento idóneo e investigação séria do caso, como por ter participado activamente, justiçoso, recuperando para a posteridade o rasto da prova do plágio que havia sido entretanto apagada pela RTP; ao Suspirador, da Teoria da Suspiração, com quem venho suspirando há já algum tempo; a Pires F., do Espreitador, mesmo sendo sócio sportinguista com quotas em dia!; a Rui Martins, do Quintus, que de “Grunho” não tem nada; a Adriana Freire Nogueira, d’ A Senhora Sócrates (estavam tão bem os esquimós...); a R. B. Santos, do rbS (keep on groovin’); a Kaos, do We Have Kaos In The Garden (we certainly have chaos in RTP); ao Monarca, do Rege Dixit, pela disposição ferina dos pavilhões de cavalaria; a Teresa Durães, do Voando Por Aí, “quando a janela se fecha e se transforma num ovo”; à autora do blogue A Rasar o Céu, no "vastíssimo mar dos símbolos"; ao Outsider, do Outminder; à Canochinha, do Beicinho, por também acreditar em “milagres”... ; ao Arnaldo Lemos, do Página 23, aquele abraço, mesmo sem net em casa (enquanto houver estrada para andar...); a CJT, do weBloggers, auspicioso projecto ao qual desejo as maiores felicidades; ao Manuel, do Boassas (quando lá for, já sei com quem falar...); ao Frog, d’ A Outra Voz, uma descoberta poética; ao Rui Matos, do Macroscópio; ao Guilherme, do Lembranças dos Guerreiros; ao Farpas, do Ai o Camandro, um blogue mesmo do... camandro!; ao Shark, do Charquinho; ao Jorge Ferreira, do Comunicar a Direito; ao autor do Retorta Blog; a Orlando Braga, do Letras com Garfos; à Nani, do Trivial; a A. M., da Nave dos Dias; ao Pedro F., do ContraFactos & Argumentos (é contra os factos que há argumentos, afinal?); à Aniri, da Casa de Espíritos (o postzinho ainda vai a tempo!); à Afrodite, do T.4 you (também já assinei em benefício das sete pobres iranianas); à Titas, do Titas Online (idem: por Parisa, Iran, Khayrieh, Shamameh Ghorbani, Kobra Najjar, Soghra Mola'i e Fatemeh); ao Vítor, d' A Arquitectura das Palavras (“o acto diz de quem o toma”); a Alberto Vale, do Links Interessantes, cujo link constitui também prova, uma vez que foi feito antes de a RTP ter publicado o plágio, e, last but not least, ao bom e velho amigo Kaiser, do E Então?.
Segue, por fim, um forte, forte abraço ao Rui Semblano, d’ A Sombra, sem a ajuda e inspiração do qual o manifesto – que ainda decorre! – teria certamente tido menor repercussão e força.
Para terminar, porque a lista de links do Caderno de Corda representa, essencialmente, uma corrente de afectos e de ligações efectivas – dentro e fora da blogosfera -, de entre os blogues referidos, aqueles que aqui não se perfilavam, fazem, a partir de agora, parte do hipertexto vazante deste blogue. Mais uma vez, os meus agradecimentos a todos estes e àqueles que, por desconhecimento meu, aqui não se incluem. Juntos somos mais fortes. Ah!, e despeço-me com um inevitável lugar-comum: “It ain’t over ‘till the fat lady sings...
n.b. - Post passível de actualização

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terça-feira, outubro 24, 2006

"Os mais sublimes poemas que senti, não fui capaz de os escrever" (Jeremias Cabrita da Silva)

sexta-feira, outubro 20, 2006

Poemetos da Impunidade n.º 2

Diziam que sabiam quem era
a criança desconhecida abusada
pelo apresentador de TV.
Um dia publicou-se foto, na blogosfera,
da criança desconhecida agachada,
perguntando-se: “O que vê você?”
Todos comentaram, despicientes,
apenas o apresentador de TV.

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"A impunidade é segura quando a cumplicidade é geral."
(Marquês de Maricá)

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quinta-feira, outubro 19, 2006

Imagem da capa do álbum Side Effects, dos X-Wife

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quarta-feira, outubro 18, 2006

Poemetos da Impunidade n.º 1

Diziam que sabiam quem era
a mulher de um juiz
que roubava cuecas nos chineses.
À noitinha vestia-se, a fera,
tigróide e acesa em anis,
calcando suecas no Algarve
aos portugueses.
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"A impunidade é segura quando a cumplicidade é geral."
(Marquês de Maricá)

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segunda-feira, outubro 16, 2006

Apdeites recupera prova do plágio

Soube através de um comentário de JPG (aqui), responsável pelo apontador de blogues portugueses Apdeites, de que, afinal, a página web da RTP onde se encontrava o texto plagiado foi recuperada da cache tal como se apresentava antes da eliminação surda do corpus "pirateado". JPG, um dos insignes faroleiros da blogosfera lusa, adianta ainda que, “para efeitos de controlo”, acrescentou-se apenas um “contador de acessos naquela página”. Clicando AQUI, pode encontrar-se uma cópia perene da prova, com os cumprimentos do Apdeites, cuja página de entrada apresenta ainda, à cabeça (pela hora a que escrevo), um idóneo e isento texto sobre o caso. A blogosfera dá as mãos por equidade. Obrigado, JPG; obrigado, Apdeites. Um agradecimento mais a todos os bloggers que em dignidade se têm unido em torno da ampla problemática que se insinua e exige discussão pública. Àqueles que agora chegaram e anseiam saber tudo sobre a questão do plágio da RTP ao Caderno de Corda, sugere-se a leitura deste blogue desde o dia 18 de Setembro.
Recordo o estimado leitor de que se mantém viva a iniciativa "Plagius Maximus em Movimento", que deve ser lida e subscrita dois posts abaixo, mais precisamente AQUI.
n.b. - A imagem é da autoria do companheiro Rui Semblano, d' A Sombra, a quem eu cantaria, se soubesse, o "Fado-Sombra", escrito por David Mourão-Ferreira. Não há coincidências sob os trânsitos solares...
«Sombra»

Antes de sermos fomos uma sombra
Depois de termos sido ... que nos resta
É de longe que a vida nos aponta
É de perto que a morte nos aperta
Os Ramos Os Remos
Quantas mãos ... Quantos dedos
para que em seda cedam
as paredes

in "Entre a Sombra e o Corpo", de David Mourão-Ferreira, 1980

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sexta-feira, outubro 13, 2006

Novidades brevemente...

Como já havia escrito, só libertarei o Caderno de Corda do grilhão que o mantém cativo e vigilante quando nada mais houver a escrever sobre o caso de plágio que deteve, nos últimos 25 dias, o espírito deste blogue.
Abaixo está o texto que deve ser subscrito e enviado ao Provedor do Telespectador da RTP, Paquete de Oliveira.

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domingo, outubro 08, 2006

Plagius Maximus em Movimento

Depois da resposta do Gabinete do Provedor do Telespectador da RTP (ver na íntegra AQUI), pensamos que a iniciativa encetada deve prosseguir. Mais uma vez o escrevo: estão em causa os direitos autorais dos bloggers. Em última análise, um grupo de cidadãos sugere ao Provedor do Telespectador (ou ao seu... Gabinete?) uma ampla discussão pública sobre o tema.
Assim, agradecemos o envio, através DESTA página (RTP), do seguinte texto padrão (copy/paste para o corpo da mensagem na página da RTP):

--- texto padrão a copiar na íntegra para e-mail ao Provedor do Telespectador da RTP ---

ASSUNTO (a preencher): Sobre recolha de informação via Web e direitos autorais na blogosfera

No seguimento da infeliz situação verificada com o texto da autoria de Davi Reis publicado no blogue "Caderno de Corda", plagiado como sinopse do documentário "Loose Change 2" pelo site da RTP, vimos desta forma manifestar a nossa indignação pelo sucedido, apesar do recente pedido de desculpas endereçado ao autor. Isto, porque:

  1. O recurso à Internet na recolha de dados para uso em websites é prática comum dos Media contemporâneos. No caso concreto da RTP, a chefe de Gabinete do Provedor do Telespectador admitiu, em carta de indulgência a Davi Reis: “Para realizar este trabalho, que serve o público em geral e toda a comunicação social (para efeitos de publicação da programação TV), a equipa recorre muitas vezes à Internet, dada, por vezes, a escassez de informação interna”. Neste particular, o que não nos parece correcto é a utilização dessas informações sem mencionar expressamente as fontes – vide o sucedido com Davi Reis, com a agravante de se tratar de um plágio descarado, isto é, ipsis verbis. Dadas as circunstâncias, é de presumir que a maior parte (se não a totalidade) dos textos publicados no website da RTP são extraídos de fontes não identificadas, limitando-se os profissionais responsáveis por essa informação a um mero exercício de copy/paste de material alheio.
  2. A presunção referida acima ganha peso com a reacção tardia e vaga do Provedor do Telespectador (ou alguém em seu nome - a resposta não é do próprio), pois nela nada mais se vislumbra do que um rápido aviamento de sentença sem que se torne evidente para TODOS os leitores do website da RTP o compromisso de que "(...) tal se não voltará a repetir, na medida em que foram já dadas instruções relativas à recolha de informação via Web (...)". Esta intenção deveria, de facto, constar expressamente de um código de conduta disponível na página da RTP, o que só a dignificaria e tornaria mais transparente o modus operandi quanto à utilização deste tipo de material - contra a qual nada temos a protestar, exceptuando a abusiva utilização de textos, ou outro tipo de material, sem a menção expressa de autoria e origem.
  3. Finalmente, em solidariedade com Davi Reis, protestamos veementemente contra o atraso na resposta às interpelações feitas (18 dias de espera), sem a antecipação devida de um aviso quanto ao processo de averiguação (em curso desde 22 de Setembro de 2006). Deste processo, como se pode testemunhar na página web da RTP em questão, resultou o corte do texto de Davi Reis - como se este nunca tivesse existido, ou como se a natureza do seu protesto fosse essa: protestar pela publicação do texto, quando se tratou, de facto, de protestar pela ausência de referências à autoria do mesmo. Tal atitude contrasta vivamente com o que se diz na resposta da chefe de Gabinete do Provedor do Telespectador a Davi Reis: "(...) foram já dadas instruções relativas à recolha de informação via Web, no sentido de assegurar quer a credibilidade das fontes, quer o respeito pelos trabalhos de terceiros (...)", ou seja, parece indicar uma de duas coisas: ou o texto de Davi Reis não era credível ou não merecia o respeito da RTP, pois foi retirado sem se mencionar, anteriormente, a autoria do mesmo.

Agradecendo, apesar de tardia, a resposta dada, permaneceremos atentos à actuação dos profissionais da RTP, que, segundo afirma a missiva, receberam instruções para evitar situações destas no futuro. A RTP garante-o, através de um discreto e-mail... E os restantes órgãos de comunicação? O problema não está, de todo, sanado. Uma vez que é competência inalienável do Provedor ouvir os interesses dos telespectadores, e uma vez que a RTP tem, nesta questão, a dupla obrigação de assumir o erro e de prestar serviço público, sugerimos que seja lançado um debate na antena da RTP envolvendo os organismos directamente implicados em problemáticas tão actuais e carentes de regulamentação como são a protecção dos direitos autorais na Internet; a dignificação e credibilização da blogosfera, assim como a verificação prática do cumprimento da ética e da deontologia na indústria de conteúdos, vulgo, Media (onde grassa o desrespeito pela propriedade intelectual dos bloggers).

Na expectativa de uma mediação justa e eficaz, que devolva a dignidade às partes envolvidas, aguardamos a sua resposta.

NOME:
BLOGUE:
URL:
--- final do texto padrão ---
A terminar, devo fazer um agradecimento sentido a todos quantos já se manifestaram solidários nas caixas de comentário do Caderno de Corda. Mas uma palavra de amizade e admiração deve seguir, publicamente, para o Rui Semblano, autor d' A Sombra, responsável por boa parte do texto que acima se publica.
n.b. - Agradecemos que os estimados leitores enviem o texto supracitado. Sugere-se a identificação pessoal do modo descrito: acrescentando o nome, o título do blogue (sendo esse o caso) e o respectivo URL. Obrigado.

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Plagius Maximus - Wrong Answer

Decorridos 18 dias de silêncio após reclamação aqui publicada a 18 de Setembro, eis a resposta do Gabinete do Provedor do Telespectador da RTP, assinada pela chefe de Gabinete M. Carmo Arantes:

To: (Davi Reis)
CC: "Secretariado GAP"
Subject: GABINETE DO PROVEDOR DO TELESPECTADOR - A22
Date: Fri, 6 Oct 2006 19:35:24


Exm.º Senhor,

Em nome do Provedor do Telespectador, agradeço-lhe o mail que nos enviou.

Na sequência da queixa que nos apresentou, este Gabinete contactou, em 22 de Setembro p.p., o responsável pelo site da RTP, com vista a esclarecer o sucedido.
A resposta, hoje recebida, confirma que a equipa a quem cabe a tarefa de recolher e produzir informação sobre os programas exibidos pela RTP e, consequentemente, assegurar a sua disponibilização no site cometeu o lapso de que nos deu conta.
Para realizar este trabalho, que serve o público em geral e toda a comunicação social (para efeitos de publicação da programação TV), a equipa recorre muitas vezes à internet dada, por vezes, a escassez de informação interna.
O caso presente é disso exemplo. Por falta de informação da área de conteúdos respectiva, recorreu-se à Internet para recolha de informação sobre o programa em causa. Este facto, aliado ao volume de trabalho que impende sobre aquela área da Empresa, deu lugar à omissão da proveniência do texto utilizado.
Tal não desculpa o ocorrido, mas poderá talvez ajudar a compreendê-lo.
Acredite que lamentamos o sucedido e creia que tal se não voltará a repetir, na medida em que foram já dadas instruções relativas à recolha de informação via web, no sentido de assegurar, quer a credibilidade das fontes, quer o respeito pelos trabalhos de terceiros.
Queira aceitar, uma vez mais, as nossas desculpas pela utilização de um texto seu sem menção do respectivo autor.

Com os meus cumprimentos,

Pel’ A Chefe de Gabinete

M. Carmo Arantes
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"A pergunta certa é geralmente mais importante do que a resposta certa à pergunta errada."
(Alvin Toffler)

n.b. - Segue-se o texto padrão a enviar em conjunto por todos quantos queiram aderir a esta iniciativa.

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Adianta-se, para já, ter havido um sério desenvolvimento, que altera por momentos a publicação do próximo post. Obrigado, companheiros!

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quinta-feira, outubro 05, 2006

Plagius Maximus


COMUNICADO

Aquilo que escolhemos, enquanto bloggers, partilhar com o mundo, poderá sempre ser usado por terceiros, interessados nessas ideias. Mas é errada a não atribuição ao autor ou, pior, a tentativa dissimulada de fazer com que as ideias pareçam decorrer do pensamento de quem meramente as transcreve.
A citação e o plágio podem tornar-se difíceis de discriminar na blogosfera, mas a quantidade de meios ao dispor dos utilizadores desta maravilhosa "janela" permitem estar a par do que se passa nos recantos mais longínquos da teia... ou mais próximos.
Recentemente, o Caderno de Corda viveu a desagradável experiência de ter visto transcrito, ipsis verbis, na página da RTP na Internet, um texto seu. No entanto, nada junto dessa transcrição o fazia crer, ou seja, para todos os efeitos, o texto seria da autoria de algum funcionário da RTP...
O protesto que Davi Reis fez chegar ao Provedor do Telespectador, Paquete de Oliveira, ficou sem resposta. Pensamos que, enquanto bloggers, esta situação diz respeito a todos. Nesse sentido, propomos o envio ao Provedor de um e-mail com um texto padrão, a publicar oportunamente n' A Sombra e no Caderno de Corda, pedindo uma resposta sobre esta matéria, isto é, perguntando-lhe se não considera importante a sua mediação numa situação com esta gravidade, a ponto de não se dignar responder ao lesado.
Caso não obtenhamos resposta oportuna, deveremos tomar outras medidas, das quais falaremos então. Os leitores da blogosfera, mesmo não sendo bloggers, podem e devem juntar-se a esta campanha. Não suportaremos em silêncio este tipo de roubo de propriedade intelectual, especialmente se com fins lucrativos.
Ao publicarmos o texto, daremos conta do procedimento para que a acção seja concertada e tenha o impacto máximo. Não importa se duas, seis ou 100 pessoas irão aderir a esta iniciativa. Importa sim mostrar a nossa indignação a uma estação que tem por finalidade servir o público e não roubá-lo.
n.b. - Este texto, redigido a quatro mãos, é publicado em simultâneo pelo Caderno de Corda e pel' A Sombra. A imagem-ícone desta entrada é uma montagem de Rui Semblano, produzida expressamente para a ocasião. Aos que decidirem juntar-se a nós no próximo domingo, quando será dado o primeiro passo, os meus agradecimentos.

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quarta-feira, outubro 04, 2006

Incoming Message

Em carta pronta de resposta chegada ontem, o excelentíssimo senhor Alfredo Maia, Presidente do Sindicato dos Jornalistas, afirmou que será proposta “uma análise mais detalhada do caso” de plágio que tem assolado o Caderno de Corda. Atencioso e ponderado, Alfredo Maia adiantou: “(...) considerando justa a pretensão de ver esclarecido o caso e, especificamente, apreciado pelo Provedor do Telespectador, tomei a iniciativa pessoal de fazer chegar ao seu gabinete o meu apoio a tal pretensão”.
O Sindicato dos Jornalistas, pela pena do seu Presidente, demonstrou, textualmente, solidariedade para “com todos os jornalistas e outros autores que considerem violados os seus direitos”.
Havia eu antes escrito ao Presidente Alfredo Maia, comentando: “O facto de ter sido a RTP a entidade plagiadora, torna, diria, este caso paradigmático, pois confirma, como se escreveu no jornal Expresso de 20 de Maio, ‘a perigosa tendência dos órgãos de Comunicação Social para se converterem em receptores passivos de informação, abandonando progressivamente a sua vocação de mediadores directos entre as fontes noticiosas e os seus leitores’.
Assim, se do ponto de vista dos bloggers estão em causa problemáticas tão actuais e carentes de regulamentação como são a protecção dos direitos autorais na Internet e a dignificação, credibilização e fiscalização da blogosfera; do prisma dos jornalistas também urge discutir a verificação prática do cumprimento da ética e da deontologia na indústria de conteúdos, vulgo, Media (onde grassa o desrespeito pela propriedade intelectual dos bloggers).
Num tempo ultramediatizado no qual já se apelidou o espaço de trabalho de jornalistas como ‘redacções corta e cola’; quando sete em cada dez notícias publicadas nos jornais são difundidas por agências de informação e gabinetes de Imprensa, torna-se essencial discutir abertamente o porquê de cada vez mais cidadãos considerarem que os media não são fiáveis.”

Have you been paying attention?

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terça-feira, outubro 03, 2006

"Pela sede, aprende-se a água" (Emily Dickinson)

Perdoem os estimados leitores, mas o Caderno de Corda fechou a torneira. Suspende-se assim o habitual e inédito escoamento poético e prosaico que é apanágio deste blogue, até que o sombrio caso de plágio esteja esclarecido. A foto, feita na Fábrica da Pólvora, em Barcarena, foi retirada do blogue Catedral.
"Preferiria ter sangue nas mãos a ter água, como Pôncio Pilatos"
(Graham Greene)

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"Não haverá, entre um espírito que abarrota de invenções alheias e outro que inventa por si próprio, a mesma diferença que vai de um recipiente que se enche de água à fonte que a fornece ?"

Honoré de Balzac

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Site da RTP publica plágio descarado de texto do Caderno de Corda (VII)

Com a estreita colaboração de Rui Semblano, anuncio-vos de que, entre quinta e domingo, águas agitadas irão passar sob esta ponte, que liga na fraternidade o Caderno de Corda e A Sombra. Solicito a vossa atenção e peço aos estimados leitores e bloggers que participem, se em consciência se desassossegarem.
Posso apenas manifestar, talvez com algum lirismo (pensarão as hienas), o que, na prática, julgaria justo que o Sr. Provedor fizesse.
Não desejando ser ressarcido de modo pecuniário, lanço daqui mesmo, do Caderno de Corda (começando a descrer do remetimento solitário via mail para a RTP), três sugestões ao professor Doutor Paquete de Oliveira:
  1. Sugiro que o Sr. Provedor garanta, pelos mecanismos que lhe competem accionar, que a RTP assumirá publicamente, no decorrer do seu tempo de antena, o plágio perpetrado ao Caderno de Corda, atribuindo o crédito do texto em causa ao autor;
  2. Sugiro que, podendo o Sr. Provedor alegar não ter poder para o que no ponto anterior lhe peço, uma vez que tal competirá porventura ao Director de Programação ou de Informação, o faça no SEU programa, cujos conteúdos são da sua inteira responsabilidade;
  3. Por último, uma vez que é competência inalienável do Provedor ouvir os interesses dos telespectadores, e uma vez que a RTP tem, nesta questão, a dupla obrigação de assumir o erro e de prestar serviço público, sugiro que seja lançado um debate aberto na antena da RTP envolvendo os organismos directamente implicados nas problemáticas tão actuais e carentes de regulamentação como são a protecção dos direitos autorais na Internet; a dignificação, credibilização e fiscalização da blogosfera, assim como a verificação prática do cumprimento da ética e da deontologia na indústria de conteúdos, vulgo, Media (onde grassa o desrespeito pela propriedade intelectual dos bloggers).

    Your attention, please...

Links para as entradas anteriores sobre o tema:

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