sexta-feira, dezembro 28, 2007

Baby Jane: A primeira capa

Num tempo de fotocopiadoras - as que se encontravam nos locais de trabalho dos pais - e de grandes limitações tecnológicas e logísticas, os Baby Jane apresentaram este desenho do guitarrista Hugo Simões para capa da primeira maquete da banda ("4+1"), gravada em 1994.

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quarta-feira, dezembro 26, 2007

Tempo extra. Gravações caseiras. Até já toco flauta sem saber. Um post não editável...

terça-feira, dezembro 25, 2007

Insterstício Estelar

Dizia que, a ouvir música,
não devia ler poesia;
que os casais à beira-mar
vão querer partir um dia.

Dizia que o maior segredo não escondia,
por nem saber justamente quem sou.

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sábado, dezembro 22, 2007

Capa do álbum "Strange Days", da banda The Doors

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quinta-feira, dezembro 20, 2007

Tem Dias

Há dias perfeitos para sairmos de casa, sermos audazes;
Há dias perfeitos para nos fecharmos a sete chaves...
Por oposição, uns serão bonitos e outros feios,
mas, do seu jeito, todos podem ser perfeitos.

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terça-feira, dezembro 18, 2007

"The Wild Hunt: Åsgårdsreien", de Peter Nicolai Arbo. 1872

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EP História de Um Vinho Azedo (Baby Jane) - as letras (6/6)

6 - Dia Final
(Letra e Música de Hugo Simões)

A tua cor de sol
e os teus pés de areia
são o princípio e o final
de uma força que receia.

E foi ter-te tão perto
que me fez deslumbrar,
quando o teu braço de ferro
se deu a descambar…

Temos o dia final,
mas antes podemos ter o proveito.

Foi então que eu peguei
e te resolvi escrever,
mas tu nunca vais compreender (2x).

Peço-te por favor,
já que tu não me ouves…
Esta não é uma história de amor,
porque tu nunca me viste como eu te vi.

Sei que me compreendes,
sei quanto te posso dar,
este mundo e o outro,
o fundo do meu mar;

As mãos que te sufocam,
o antro onde me escondo
num sonho, apesar de tudo cão,
menos me entenderás…

Temos o dia final,
mas antes podemos ter o proveito;
Temos o dia final,
mas antes Temos de ter o proveito.

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sexta-feira, dezembro 14, 2007

Escritores da Liberdade...

Soube há pouco que o estimado blogger Pires, autor do Espreitador, me atribuiu o "Prémio Escritores da Liberdade" (AQUI). Também eu não sou adepto das correntes desenfreadas de distinções inter pares desprovidas de sentido crítico, tantas vezes alheias à qualidade, centradas antes na manutenção de pequenas redes blogosféricas sem importância, que, ao invés, deviam ser acarinhadas pessoalmente, olhos nos olhos, quando os intervenientes são já conhecidos ou amigos...
Porque eu e o Pires não nos conhecemos senão pelas palavras que escrevemos nos nossos blogues, creio que este prémio é sincero. Vindo de quem vem, está reforçada essa mesma ideia. Ser nomeado "escritor da liberdade" é, sem dúvida, algo que me satisfaz. Um abraço fraterno, Pires.
Eis os cinco "escritores da liberdade" que nomeio:

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EP História de Um Vinho Azedo (Baby Jane) - as letras (5/6)

5 - Quero Mais
(Letra e Música de Hugo Simões)

Não foi nada como devia ser,
tu zangada e eu sem nada fazer…
Dá-me um minuto para pensar.

Um sonho tornado realidade,
no fim mostrei falta de capacidade
para te ter, para te amar.

Portei-me como da primeira vez,
eu vejo isso mas não sei se tu vês...
Dá-me tempo para te amar.

Eu...

Quero mais, quero mais…
Quero mais de ti…
Quero mais, muito mais…
Muito mais de ti…

Eu pensava que não pensava nisso…
Hoje sinto-me só e é por isso
que te vou procurar.

Eu sei que tu não queres saber,
mas eu vou tentar, eu vou fazer
tudo para te conquistar.

E se um dia eu passar por ti,
lembra-te que já fui teu e sorri
por tudo aquilo que não aconteceu.

Eu...

Quero mais, quero mais…
Quero mais de ti…
Quero mais, muito mais…
Muito mais de ti…

[Bridge]

Quero mais... quero um pouco mais...
um tudo-nada-tanto...
Quero tudo em ti,
quero tanto em ti,
quero tanto...

Quero mais, quero mais…
Quero mais de ti…
Quero mais, muito mais…
Muito mais de ti…

n.b. - O Caderno de Corda já havia publicado AQUI uma segunda versão da letra de "Quero Mais", depois de esta, muito antiga, ter-se perdido e sido esquecida pela banda. Para os curiosos e verdadeiros fãs dos Baby Jane e do seu percurso, talvez valha a pena clicar para ler a segunda versão (que, afinal, não será aquela cantada no EP "História de Um Vinho Azedo") e conhecer o porquê da música, bem como outras curiosidades que levaram a que o tema tenha sobrevivido aos anos e se mantenha ainda no reportório.

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quarta-feira, dezembro 12, 2007

Dianne é, há quase vinte anos, caixa de super-mercado no 'Victoria Mart' Kings Cross, em Sydney, Austrália, e chegou ao Caderno de Corda. A foto é de Paul Gosney e vem DAQUI.

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terça-feira, dezembro 11, 2007

Ironia

Pela aurora negra omitiu-se o dia.
Antes uivo, clamando realidade,
por quem quis de mim o que não sou,
pelo que quiseram fazer de mim e não deixei.
Não serei a dor de crocodilo
que a chuva varre no vidro da janela,
projectada na cabeceira sem livros nem retratos.
Lágrimas de cotovelo,
disfarçadas em punhais
que dilaceram sorrisos amarelos,
embuscaram-te na sotaina,
cansado deste mundo de prazeres dos outros,
ou em dívidas que nunca te serão perdoadas,
ainda que sejas o melhor homem desde Cristo.
O pior cego não quer ver
açoites de água à beira do deserto oceânico
do que ainda não tem preço.
Diz que os da cimeira internacional
encontraram uma solução.
Aqui em casa, nada mudou
senão os ovos, os bifes e as batatas;
as pizzas, a Coca-Cola e os chocolates,
em menor quantidade.
Entre nós, tenho de ir às compras...
Escolho, pago e ofereço um sorriso à caixa.
"Um bom Natal", dir-me-á,
e replicarei de igual modo,
poupando-a à ironia disto tudo.

Mais uma vez, ao meu querido amigo Gonçalo Cunha pela amizade, inspiração e incentivo

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domingo, dezembro 09, 2007

20 anos de Circo de Feras, no Campo Pequeno - um fim-de-semana inesquecível


Foi há não muitas horas que o grande e incansável fotógrafo Carlos Lima me apanhou à conversa com o Zé Pedro, em pleno palco onde os Xutos & Pontapés escreveram ontem nova página memorável da sua história e, sem dúvida, da história da música portuguesa. Com amabilidade, simplicidade e humildade assinaláveis - e até, diria, comoventes -, o Zé Pedro deu-me, ontem, este e outros momentos que não esquecerei.
Sobre o espectáculo, que recomendo a todos quantos ainda estejam na dúvida comparecer hoje, domingo, nas duas sessões que se seguem (16 horas e 22 horas), pronunciar-me-ei mais tarde. Depois de ter privado com toda a equipa dos Xutos, destaco o incondicionalismo, o talento, a humildade e a união de uma família que faz a força imparável da maior banda portuguesa de todos os tempos. Sem compromisso, deixo aqui apalavrada a publicação de alguns posts nos quais revelarei parte do conteúdo mais ou menos curioso de conversas tidas com o Zé e com o Kalú, assim como a descrição de outros incidentes e pormenores relativos ao mais completo espectáculo de luz, som, vídeo e palco alguma vez concebido por uma banda em Portugal. Por ora, não estão reunidas ainda as condições.
Mais logo voltarei à carga, e assistirei ao terceiro concerto comemorativo, just for the ride...
Fotos: Carlos Lima

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sábado, dezembro 08, 2007

Hoje hei-de estar por aqui. Tarde e noite. Xutos & Pontapés em registo histórico.
Foto: LisbonPhotos

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EP História de Um Vinho Azedo (Baby Jane) - as letras (4/6)

4 - Princípio do Fim
(Letra e Música de Ricardo Tomás)

Vivo num sonho que nunca quis;
Ver-te no monte, no princípio do fim.

Vivo, mas ferido, sem ter-te aqui.
Quiseste um mundo longe demais p’ra mim...

Eu fiquei triste, tu ficaste só,
só, longe de mim.
Cedo partiste, tu ficaste só,
só e tão longe daqui.

Vivo num sonho que nunca quis;
Ver-te no monte, no princípio do fim.

Sentiste a dor levar-te daqui;
Esqueceste todos, choraste por quem nunca te quis...

Eu fiquei triste, tu ficaste só,
só, longe de mim.
Cedo partiste, tu ficaste só,
só e tão longe daqui.

Perdeste o tempo, o tempo que te deram;
O nada quiseste, em nada acabaste,
e eu?... E eu?... E eu?
E eu?

Vivo num sonho que nunca quis;
Ver-te no monte, no princípio do fim.

Eu fiquei triste, tu ficaste só,
só, longe de mim.
Cedo partiste, tu ficaste só,
tão só... tão só... tão só!,
e tão longe de mim.
E tão longe de mim!

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sexta-feira, dezembro 07, 2007

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Lá onde as sementes brotam

Porque tenho descurado como nunca a fresca publicação do Caderno de Corda, limitando-me à aposição das letras que compõem o EP em que a banda Baby Jane está firmemente a trabalhar, devo este post aos estimados leitores, nos quais penso de modo particularmente saudoso sempre que não publico como desejaria.
Preâmbulo lavrado, encontro-me a trabalhar bastante, mas como gosto; a beber palavras, ao invés de vertê-las; a ouvir toda a música que posso com o tempo que tenho... Passem os estrangeirismos, estou especialmente em função de input criativo, por contraposição com a de output... Daí a planura, aparente aspereza estéril de uma terra todavia fecunda e prenhe.
- * -
Tinha de escrevê-lo. Fique exarado e arquive-se: Hoje dei dois dedos de conversa e igual número de valentes bacalhaus ao Zé Pedro e ao Kalú. Os espectáculos dos Xutos & Pontapés que comemorarão, já no próximo fim-de-semana, no Campo Pequeno, os 20 anos do álbum "Circo de Feras", serão verdadeiramente memoráveis, mesmo considerando os momentos mais altos da longuíssima e bem sucedida carreira dos maiores do rock luso e, arriscaria, da música portuguesa. Promete-se uma grande conjugação de elementos cénicos, coreografias circenses, um espectáculo conceptual concertado de luz e vídeo sem precedentes no País e... quem sabe? Em suma, os Xutos voltarão a transcender-se. Os espectáculos darão origem à edição de um DVD e deverão ser transmitidos posteriormente na televisão portuguesa.
X

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quarta-feira, dezembro 05, 2007

EP História de Um Vinho Azedo (Baby Jane) - as letras (3/6)

3 - Joana em Mim
(Letra e Música de João Trigo)

Ia sozinha pela rua, meia vestida, meia nua;
os olhares que a assaltavam eram de paixão;
olhares de espanto e de carinho cruzavam o seu caminho
em tons de laranja e vermelho, cor do coração.

E quando entrava na praça, tanto brilho, tanta graça,
chamando as atenções com o seu ar triunfal.
Com o cabelo solto e leve, e às vezes um sorriso breve,
provocava sensações com o seu corpo escultural.

Escultural... (6x)

O seu nome era Joana, o seu dote era na cama...
Tantas noites de loucura, tantas noites de prazer.
Os seus sonhos tinham vida, tinham gente divertida,
pessoas que desejava algum dia conhecer.

Depois das noites de Julho, devagarinho e sem barulho,
ia dar o seu passeio para se esquecer.
Não bebia, não fumava, não esquecia mas tentava,
e a esperança morria mesmo antes de nascer.

De nascer... (6x)

Joana em mim... (2x)
Joana em mim maior…
Joana em mim...
Joana em mim maior…

Ia sozinha pela rua, meia vestida, meia nua;
os olhares que a assaltavam eram de paixão;
olhares de espanto e de carinho cruzavam o seu caminho,
em tons de laranja e vermelho, cor do coração.

E quando entrava na praça, tanto brilho, tanta graça,
chamando as atenções com o seu ar triunfal.
Com o cabelo solto e leve, e às vezes um sorriso breve,
provocava sensações com o seu corpo escultural.

Escultural... (6x)

Joana em mim... (2x)
Joana em mim maior…
Joana em mim...
Joana em mim maior…

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segunda-feira, dezembro 03, 2007