sexta-feira, maio 30, 2008

"The first key to write is writing; not to think"

in Finding Forrester, há pouco, na RTP1

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quinta-feira, maio 29, 2008

Crónica de João Castanho (estrofe X)

João Castanho não sabia se temer mais a dor
ou o dia final dos dias - morrer.
Não sabia se recear não ter feito melhor
ou não ter feito algo que devesse esquecer.

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quarta-feira, maio 28, 2008

Trabalhador idoso na construção do Empire State Building, Nova Iorque, 1930.
Foto de Lewis Hine.
Records of the Work Projects Administration (69-RP-4K-1)

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Crónica de João Castanho (estrofe IX)

Numa tarde de sol enfurecido, sentado no andaime,
João Castanho parou para pensar com os seus botões
no que fazer para que a vida mais o estime e ame,
e contemplou apenas os sorrisos das suas carnais criações.

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terça-feira, maio 27, 2008

Resultados da Sondagem Cordiana IX: Concorda com o Acordo Ortográfico?

Em termos práticos, o que muda com a ratificação do Acordo Ortográfico? A resposta encontra-se, com assertividade, AQUI. Mas o que neste post importa interpretar são os resultados da nona Sondagem Cordiana, na qual se questionavam os estimados leitores do Caderno de Corda acerca da sua concordância, ou não, com o Acordo Ortográfico.
Na verdade, a unificação da ortografia significa a alteração de 1,6 por cento do vocabulário português. O vocabulário brasileiro será, no entanto, alterado em apenas 0,45 por cento. Assim reza o Acordo, mas, na prática, a percentagem é ainda muito superior no que toca à língua portuguesa, tanto mais que as palavras visadas são de uso frequente.
Quanto aos votos dos estimados leitores, temos uma esmagadora maioria de defensores da língua mater, ou seja, 15 para três, num total de escassos 18 votos. Posto isto, dos 15 conservadores, oito (44%) consideram inadmissível uma alteração sustentada no desconhecimento generalizado da mesma, como mal menor; três (17%) responderam "não, se a pronúncia de cada país se mantém, porque mudar a ortografia?"; três (17%), também em desacordo com o Acordo, roem-se por dentro face à impossibilidade de o Poll Code, software que gera a sondagem, não permitir a acentuação das palavras - eis o meu voto - e, por fim, um voto (6%) em "não", por razões que, espero, serão expostas na caixa de comentários deste post.
Pela via do "sim", apenas três votos: um (6%) em "sim, a língua portuguesa tem de estar entre as cinco mais faladas do mundo" - uma resposta traiçoeira - e dois (11%) em "sim", por razões que, volto a referir, espero que venham a ser expostas na caixa de comentários. Os resultados podem ainda ser analisados AQUI.
Visto que a problemática do tema foi muito levemente aflorada através das questões colocadas, sugiro aos estimados leitores a abordagem livre do tema sob a forma de comentário.

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domingo, maio 25, 2008

La Valse d'Amélie, de Yann Tiersen (orquestra)

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Matilda

Tam-tam!
Oboés, flautas e violinos.
Maviosa, uma escultura de bronze
pedida por Claudel a violoncelos e clarinetes
que murmurassem "Matilda".
Ela apareceu em três tempos,
valsando lenta, cantada entre dedos
no Adeus de Kundera,
que em cinco letras
a agarrou pela cintura
como valsador heterodoxo,
mas nem por isso inconveniente.
Vibrafónico, Ravel é então atiçado
pelos seios aprisionados da australiana.
Ternário, num pizzicato errático,
deita os olhos sobre os dois
- Matilda e Kundera -,
num redemoinho de girassóis
que cintilava ao som do Glockenspiel.
Os pares enlaçados já não se distinguiam
numa multidão de nébulas bailantes
e pretendentes sedentos e solitários
junto ao Danúbio de lustres e candelabros,
nunca narrado na cantiga do trabalhador itinerante
que bebia chá e roubava ovelhas para comer.
Em três tempos, três polícias foram prendê-lo.
"Vocês nunca me apanharão vivo", disse ele,
sem a joie de vivre de outras valsas carentes,
de mão atrás e outra à frente.
Afogou-se num regato e Matilda não sei quem seja.

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terça-feira, maio 20, 2008

La Valse d'Amélie, de Yann Tiersen (piano)

Porque sim.

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sábado, maio 17, 2008

sexta-feira, maio 16, 2008

Trago em Falso

Tens a boca seca;
deste um trago em falso.
Eras um poeta;
agora fazes-te palhaço pobre.

E o palhaço rico,
que te inveja a eternidade,
leva-te em ombros
para te deixar cair redondo.

Deste um trago em falso,
quase bebeste do chão o vinho,
mas não te deixes pisar
por seres tão mais humano que divino.

A J.P.

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quinta-feira, maio 15, 2008

Prana

A luz atiça os rios ao longo do seu curso
como a espuma se faz pérola
na crista lunar das ondas.
Chantilly, tormento rochoso,
vapores e leões marinhos,
vampiros e anões sozinhos
na boca das ostras,
no ninho das águias,
nos amores, nas outras
noites de infernos e glórias.
Sagradas histórias da velhice
- uma asiática enrugada
ou um indiano de cabelos brancos...
O chão treme para todos,
plataforma persa
de desejos telúricos,
infames e lúbricos,
masoquisticamente tentadores,
como crosta arrancada
- da pele, qual macieira de pecado.
Às vezes sou o som imaginário do piano
entre o chilreio dos pássaros em Santarém.
Muitas vezes sou uma antena parabólica;
o amparo nervoso no tambor giratório
a Richter gatafunhando escalas entre portos
sobre falhas sísmicas que tenho à epiderme.
Muitas vezes sou apenas fragilidade.

Não acredito no poeta coitadinho
Não acredito no poeta sem amor
Não acredito no poeta puta
Não acredito

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quarta-feira, maio 14, 2008

"Pôr a Escrita em Noite" começa finalmente a ser distribuído País fora

Até ao fim desta semana o livro de poesia "Pôr a Escrita em Noite", deste vosso humilde escriba, já se encontrará distribuído nas seguintes livrarias:
  • X-Acto (Penafiel);
  • Vício das Letras (Santa Maria da Feira);
  • Livraria Orpheu (Guimarães);
  • Braga Books (Braga);
  • Livraria Bracara (Braga)
Mais livrarias estarão abrangidas dentro em breve, nomeadamente em Lisboa. A informação será imediatamente publicada no Caderno de Corda. Estejam atentos.

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terça-feira, maio 13, 2008

Para o ano, espero que Herman José receba um Globo de Ouro, que este seja entregue por Jorge Palma e enfiado pelo segundo cloaca acima do primeiro,

como ao primeiro apraz.

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Mantém-se aberta a votação na Sondagem Cordiana IX: Concorda com o Acordo Ortográfico? (clique aqui para acesso directo)

Como àparte, e sobre a minha parca assiduidade blogosférica nestes últimos dias, devo notificar os estimados leitores de que me encontro com problemas no PC - isto depois de ter ficado uma semana sem Internet, o que, reitero, à Vodafone e à PT se deveu. Quero assim sublinhar não ser minha intenção manter esta dinâmica descendente, pelo que inverterei o rumo assim me seja tecnicamente possível.

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sábado, maio 10, 2008

"Desperatly", de Mharmanlikli. DAQUI

Por Ti Que Nem Conheço

Tenho saudade de não saber nunca onde estás, nem quem és,
que me faltas, que um dia encontrar-te-ia num cunhal lisboeta
onde a aresta nos arpoasse e obrigasse a resvalar ombros;
a revelar esse rosto oblongo, quadrangular ou bolachudo,
num instante que te revisse de outra vida apaixonada.
Tenho saudade de não ser teu amador; da cor dos teus olhos,
que não sei serem castanhos, azuis, verdes, pretos...
Tenho mágoa dos ausentes; da não-presença de saber-te algures,
agora ou noutro tempo, deixando-me em sobressalto,
com um friozinho no estômago, ansiando por ti que nem conheço.

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quinta-feira, maio 08, 2008

Continuo sem Internet em casa...

Lamentavelmente, volto a escrever-vos de casa da minha querida progenitora. Ao que parece, os senhores da Vodafone e da PT resolvem-me o problema amanhã, uma semana depois de verificada a ausência de "sincronismo", seja lá o que isso for... Prometo voltar às lides assim que possa. Voda-se!

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sábado, maio 03, 2008

Voda-se!

Há cerca de um mês rescindi contrato com a Netcabo por considerar o serviço demasiado caro, dado que, quando o subscrevi, há uns anos, pagava metade do que pagaria agora, se o mantivesse, e também devido a ter tomado conhecimento de alguns serviços especiais que a Vodafone presta a jornalistas.
Assim sendo, assinei, como cliente empresarial, contrato com a Vodafone para o préstimo de serviços telefónicos e de Internet, cuja mensalidade me fica por uma verdadeira pechincha. Mas não imaginava que pudesse, por "dá cá aquela palha", ficar inibido do acesso a Internet sem motivo aparente e por tempo indefinido.
Pois bem, foi o que me aconteceu ontem. A situação ainda não foi resolvida e não há previsões para tal... Parece que houve um corte cuja responsabilidade é imputada pelos técnicos da Vodafone à PT. Mas com a PT posso eu bem! Este post, de rara índole neste blogue, serve pois de publicidade negativa para a Vodafone, empresa com a qual ainda não havia tido dissabores.
Tinha trabalho aprazado para executar, dependente do acesso a Internet. Tive de deslocar-me a casa da minha mãe para realizá-lo. Aliás, é em casa da minha querida progenitora que me encontro agora, a actualizar o Caderno de Corda. Felizmente, pude resolver assim o problema, apesar do incómodo. Mas, como cliente empresarial, não posso admitir que a Vodafone, ao invés de prestar um serviço que apoia indispensavelmente a minha actividade profissional, faça perigar o desenvolvimento dessa mesma actividade, cujo cumprimento de deadlines é lei. Pelo menos, com a Netcabo nunca tive problemas (graves!) desta espécie. Voda-se!

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quinta-feira, maio 01, 2008

Honras sejam feitas!

O meu amigo Rui Almeida deu-me a satisfação e a honra de figurar na sua galeria de inúmeros e, muitos deles, notáveis poetas. O post encontra-se AQUI e foi publicado no blogue Poesia Distribuída na Rua, a 25 de Abril passado. O poema, "Grita, Liberdade!"
Este ano não assinalei, lamentavelmente, o dia do golpe de Esta... er... quero dizer... Revolução. Dos cravos. Falhei o prometido há um ano, sobre a publicação, a 25 de Abril, no Caderno de Corda, de um documentário fotográfico em filme que realizei pelo trigésimo aniversário da Revolução. O Rui salvou, assim, a minha face, assinalando por mim uma data que não queria deixar passar mudamente.
Acontece que ainda nem fiz o upload no YouTube. Pedi a um amigo para converter o filme em formato adequado - o que ele fez prontamente -, mas o encontro ainda não foi possível, apesar de morarmos tão perto!...
Vou mudar de estratégia: assim tenha a coisa na minha posse, faço o upload e toca a embutir aqui o player, mesmo que a data seja a mais inapropriada e longínqua daquela simbólica.
Por falar em "toca", e dando uma pirueta semiológica, o meu querido amigo T. atribuiu-me, na toca do Rato do Deserto, mais exactamente AQUI, um prémio piegas... Qualquer coisa como o glorioso laurel "Este blogue é um mimo". Parece que uma das regras sugere a passagem da honra a 50 (?!) blogues considerados "mimosos" ("ternurentos, simpáticos e agradáveis de se visitar").
Lamentavelmente, não me recordo de um único blogue "mimoso" que visite regularmente. Talvez por ser "mimoso"... Mas eu sei que o meu Irmão T., que me tramou anteontem com uma futebolada infernal que fez de mim guarda-redes quase após cinco minutos à Benfica de Artur Jorge, fez por bem. E ele refere-o: "Pela história, maturidade e evolução." Mais uma vez, obrigado pela honra (vindo de ti!) e por te teres lembrado deste valdevinos errante dos relvados sintéticos... Seu "mimoso"! :)

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