segunda-feira, março 31, 2008

Porto de Bissau. Foto de um postal de finais dos anos 60. Autor desconhecido. DAQUI

Etiquetas: ,

Crónica de João Castanho (estrofe V)

Era adolescente quando saiu de casa.
Uma camisa às costas e, na mão, velhos jornais
que julgava ainda assim vender na praça.
Grudou-se a um cargueiro e nunca mais escreveu aos pais.

Etiquetas: ,

domingo, março 30, 2008

Lançamento de "Pôr a Escrita em Noite", ontem

Foto do meu querido e velho amigo João Trigo

A vós, meus "Irmãos ilegítimos" que tanto me honraram ontem, minha família, família Almeida Pereira, doce Rita Medina, querido João Alves da Costa, amigos de infância, colegas das Doroteias, dos Salesianos, da Católica, da Autónoma, ex-colegas de trabalho, amigos de sempre e para sempre, um agradecimento inefável deste tão tocado e enternecido amigo, desejando apenas que o livro ontem apresentado faça justiça à vossa beleza.

Etiquetas: , , ,

sábado, março 29, 2008

Hoje, pelas 18 horas, vê-mo-nos na Fábrica Braço de Prata

quinta-feira, março 27, 2008

Três anos de Caderno de Corda



E o impensável acontece!: Cenas do clássico filme mudo "Metropolis", de Fritz Lang, ao som de "Birthday", dos indiscutíveis The Beatles - eu disse indiscutíveis, César! És, neste particular, como o Trigo numa mesa de benfiquistas...

O terceiro aniversário do Caderno de Corda, celebrado ontem à mesa - como ano após ano -, é, quanto a mim, um bom presságio a toda a prova. Onde antes tinha apenas dúvidas, tenho hoje, finalmente, uma certeza: a de que este blogue vem cumprindo e até superando, pouco a pouco, com persistência e algum amor, as boas intenções com que foi criado.

A adolescer, o Caderno de Corda dá, dentro de dois dias, origem a um livro, mantendo-se como suporte mais amplo para a publicação de canções, imagens e recordações; para o encontro de ideias, a partilha de sensações, o contacto com amigos eternos, ilustres desconhecidos e estimados leitores.

Neste dia de comemoração, recria-se o cabeçalho. Os novos motivos que integrarão, ao longo dos próximos 12 meses, o frontispício em Flash demarcam um ano de música - prevendo-se, para breve, o lançamento do EP "História de Um Vinho Azedo", dos Baby Jane - e de mais poesia, especialmente se considerarmos a publicação do primeiro livro deste que vos escreve.

Mais uma vez, aqui deixo um agradecimento sentido e muito merecido ao "sapiente engenheiro" Pedro Pereira, cuja infinita paciência e total disponibilidade têm sido fundamentais na concretização dos cabeçalhos animados do Caderno de Corda. Um agradecimento especial para ele, extensível à querida família Pereira, um clã escalabitano com certeza!

Obrigado aos estimados leitores, aos autores dos blogues que têm apoiado as iniciativas desta casa blogosférica e àqueles que, porventura, venham a assinalar a feliz efeméride do Caderno de Corda.

Etiquetas: , , , , , , , ,

Anno III - O Jantar

De modo (im)perfeitamente aleatório, como sempre: Trigo, Bruno, Gustavo, Pinto, César, Tomás, eu, Paulo, Joana e Margarida
Mesmo sítio, mesmo dia e hora. Há um ano. Há dois anos. Um jantar anual que já transcendeu em muito a liça cibernética, do virtual para a mais tangível realidade dos afectos; jantar que, arrisco dizer, é igualmente um feito de todos - amigos de sempre e para sempre -, muito além da mera celebração do aniversário deste blogue. O Jantar dos que abrem as portas ao Mundo, sem medo da felicidade.
Num ano, tudo mudou para alguns de nós. Castelos desmoronaram-se na fímbria enchente de amores, desamores, encontros e desencontros, batalhas e outras derrocadas então desesperantes. No mesmo ano, sonhos se realizaram em primaveras de Inverno, o encantamento ateou de surpresa a brasa de um Desígnio que sempre esteve dentro de nós.
O Desígno é esta coisa indizível e inebriante que nos traz juntos há tantos anos, que nos predispõe mutuamente, preterindo a esterilidade quotidiana.
Aos poucos aprendemos a ser Homens, unidos na inexplicável simplicidade de crianças, no fundo dos olhos nossos, nos abraços de gente una em algo que se sente sem sentir. Para ti escrevo, para todos escrevo. Cada um reconhecerá a sua frase-sintagma, o seu suspiro, a sua pausa angustiada ou inquieta, mas, acima de tudo, a sua alegria cintilante numa estrela de destino, a certeza de um descontentamento contente quando, apesar de sós, estamos sempre acompanhados.
Já sorri com ternura e gargalhei de pura graça. Apetece-me repetir a deixa de um princípio de manhã há exactamente dois anos...
No final de um concerto memorável no Ritz Clube, o Sérgio Godinho despede-se, após “Lisboa que amanhece” em uníssono arrepiante, dizendo:

- Obrigado. Boa noite. Foi muito bom. Até amanhã!
Parece-me perfeito.
Aqui e agora. Regresso à publicação.

n.b. - Aquele abraço àqueles que, apesar de ausentes, connosco estiveram. Ao Pimenta, ao João Carlos e à Rita, ao Rui Martins e, muito especialmente, ao Félix, neste dia tão doloroso para ele.

Etiquetas: , , , , , , ,

segunda-feira, março 17, 2008

29 de Março, 18 horas - Apresentação do primeiro livro de poesia deste vosso humilde escriba, na Fábrica Braço de Prata

Estimado(a) Leitor(a),

No dia 29 de Março (sábado), pelas 18 horas, decorrerá, na Fábrica Braço de Prata, a apresentação do meu primeiro livro de poesia - 'Pôr a Escrita em Noite'. Esta era a grande novidade que vinha guardando de há umas semanas para cá. O momento é, obviamente, de grande importância para mim, pelo que não dispenso a presença dos amigos e da família.
Com início às 18 horas na sala Nietzsche da Fábrica Braço de Prata, o lançamento contará com a presença do declamador João Saramago e da pianista Rita Medina. Sob a chancela da Corpos Editora, o livro terá um preço de venda ao público de 16 euros. Fico duplamente agradecido aos estimados leitores que divulguem o convite publicado à cabeça deste post, contendo todos os detalhes. Sugiro que o imprimam, uma vez que inclui um pequeno mapa da zona onde se realizará o evento.
Fábrica Braço de Prata
Rua da Fábrica de Material de Guerra, n.º 1
(diante dos correios do Poço do Bispo)

Etiquetas: , , , , , , ,

domingo, março 16, 2008

Anno III - O Jantar (convocatória)

Há cerca de dois anos, o meu Irmão Gustavo convocou, na caixa de comentário do post de 16 de Março de 2005 - “Anno I – Exortação aos estimados leitores” -, um jantar sob pretexto da celebração do primeiro aniversário (27 de Março) do Caderno de Corda.
Como de há três anos para cá, cumprido ano após ano exactamente no mesmo sítio e à mesma hora, o jantar terá lugar no restaurante-churrasqueira A Valenciana (melhor casa de churrasco de Lisboa), em Campolide, na quarta-feira, 26 de Março, pelas 20 horas, sendo que o aniversário propriamente dito cumpre-se a 27 de Março.
Como sempre, o jantar é de participação totalmente livre e dedicado aos meus indefectíveis Irmãos "cordianos", pensando também nos estimados leitores, fisicamente distantes. São igualmente bem-vindos portadores de instrumentos musicais e bailarinas exóticas.
Sem excepção que tenha confirmado a regra, estou certo de que o meu Irmão Pinto levará a sua máquina fotográfica, garantindo o registo do momento para a posteridade.
ASSIM foi nos anos anteriores. Assim seja.

Etiquetas: , , , ,

sábado, março 15, 2008

General John F. Hartranft lê a sentença de morte aos conspiradores no andaime que ajudaram a construir, em 1865. Foto de Alexander Gardner (1821-1882)

Etiquetas: ,

sexta-feira, março 14, 2008

Crónica de João Castanho (estrofe IV)

João Castanho era homem bom por natureza,
sem que Locke lhe falasse de Rousseau.
Vergado pela profunda iniquidade da pobreza,
não creria em quem, num andaime, o crucificou.

Etiquetas: ,

quinta-feira, março 13, 2008

"Operários", de Tarsila do Amaral. 1933

Etiquetas:

Crónica de João Castanho (estrofe III)

João Castanho trazia frio no estômago e, às vezes, medo.
Não sabia o que dizer quando lhe chamavam preto
e acabrunhava-se se lhe conhecessem apelido, no operário sonho.
Talvez, troçando, se lembrassem do preto que afinal é Castanho.

Etiquetas: ,

quarta-feira, março 12, 2008

Crónica de João Castanho (estrofe II)

Todo o santo dia a mesma falta de carinho,
o mesmo longo percurso frio de estar sozinho,
pateando duas paragens de autocarro até ao metro,
congelado entre olhares glaciais e férreos.

Etiquetas: ,

terça-feira, março 11, 2008

"Paragem de Autocarro". Lisboa, Agosto 2006. Foto de Raul Lourenço

Etiquetas: ,

domingo, março 09, 2008

Crónica de João Castanho (estrofe I)

João Castanho vivia nas franjas da cidade.
Tinha prole de cinco e mulher de tenra idade.
Madrugava e saía, a duas horas de caminho.
Chegava cedo à obra, com a marmita e o vinho.

Etiquetas: ,

quarta-feira, março 05, 2008

Grandes novidades muito brevemente...

A trabalhar em diversas frentes, prometo boas novas de peso daqui por pouco tempo. O Caderno de Corda nunca esteve tão vivo, apesar de, aparentemente, nunca ter estado tão moribundo... Nothing as it seems...

Etiquetas: